Historias de terror

Artur Matador
Quando  nasci não tive a sorte de ser segurado pela ninha mãe, sentir seu calor e felicidade. Pelo contrário, quando nasci foi lançado ao fundo de um poço, tentado à morte desde a tenra idade. Assim conta a pessoa que cuidou de mim e ensinou-me tudo que hóje eu sei. Sexo, dinheiro e fama são três coisas que um homem não pode morrer sem sentir os seus sabores. É por isso que existes. Se não, não teria tirado-te de lá, tu serás o meu sucessor, aquele que fará com que o meu nome jamais morra. Assim dizia ele todas noites quando voltava para casa.


Cresci com que os homens mais desejam, mulheres! Perdi a minha virgindade aos 6 anos quando  uma prostituta drogada ficou comigo em casa.  Ela deitava-se nua numa cadeira e frequentemente via filmes eróticos e eu, pela curiosidade decidi experimentar, como toda criança quer experimentar tudo, terei a roupa e aproximei-me, subi-a e ela nem empurrou-me ...


A minha vida só estava começando, aos 15 anos comecei a trabalhar diretamente com meu pai em assaltos a banco, assassinatos encomedados, tráfico de drogas, nós faziamos tudo. Todos os finais de semana o nome do meu pai aparecia em jornais, Tv’s; revistas, até fizeram uma banda desenhada em sua homenagem, mesmo fazendo coisas erradas o meu pai tinha seguidores.


Rodeado de tudo aquilo, nascia em mim admiração por aquele sucesso, nós faziamos aquilo com gosto, para mim aquilo era mais que simples acção, era uma arte. Mal esperava a hora de carregar o seu legado sobre a minha responsabilidade, Artur Matador o maior assassino do momento, era o meu sonho.

Há caminhos que estão pré-destinados, e esse é o meu, matar pela fama, não posso negar que houveram momentos que senti pena das vítimas. Uma vez, arranquei a cabeça de uma mulher grávida com um machado sem pensar duas vezes, o meu predileto, matar com machado, aquilo faz-me sentir mais forte.

Nunca me apaixonei, irritava-me facilmente com todas as mulheres que comigo deitaram e matei todas elas, sexo para mim é só pelo prazer, matar para mim é glória, lembro-me uma vez que fiz sexo com uma mocinha que depois a bati até desmaiar, coloquei-a no meio da estrada e passei por cima dela com um tractor, aquilo foi extraordinário, imaginam aonde? Perto de uma esquadra policial. No dia seguinte eu estava em todos os jornais, desconhecido esmaga brutalmente uma mulher, de todos que me rodeavam só o meu pai sabia que foi eu, ali ele disse – há muitos assassinos mas os melhores são os que fazem o trabalho sem deixar rastos; Pela conversa eu notei que em outras palavras indirectamente ele dizia, já estas pronto para carregar o meu nome, Artur Matador.

Já experiente distanciem-me do pai, quis ganhar mais experiência própria, em pouco tempo colocamos os nossos nome em toda região, mesmo distante após fazer os meus trabalhos, assinava Artur Matador, póis essa foi a troca de tudo que eu sei, o meu pai não queria dinheiro mas que o seu nome entrasse para história, Artur Matador.

Quatro anos depois recebi uma mensagem, meu filho sei que estas distante mas se lês esta mensagem é porque estou numa situação constrangedora, prefiro morrer do que revelar a tua existência.

Naquele instante regressei a comunidade onde morávamos e procurei informações sobre o meu pai. Pelos vistos ele já previa o que iria lhe acontecer.

Pela primeira vez em toda minha vida chorei de dor e disse a mim mesmo, irei vingar a sua morte. Arrumei o nosso cativeiro e todas as ferramentas de tortura, reuni um grupo de gangs e invadimos a esquadra para capturar o comandante responsável pelo seu assassinato e que já estava a trazer problemas de mais para pessoas como eu na comunidade.

Feito o trabalho, leve-o para o cativeiro. Já frente a frente com ele eu o disse – eu sou o Artur Matador e trarei a morte sobre ti. Com o meu machado na mão não pude esperar nem mais um segundo, comecei a cortai-lhe dos dedos do braço, eu queria uma morte de sofrimento, lenta, de dor, continuei arrancando-lhe os dedos todos e por fim o seu sexo e deixando-o a morrer de dor.

Como já se imagina a polícia tardou chegar. Invadiram o local, mas eu já me encontrava nas entralhas da mata que circundava o nosso esconderijo. Atrás de mim os policias armados até aos dentes, e junto com eles os seus cães  farejadores e helicópteros, cada vez mais perto, fiquei preplexo, o barulho dos cães e de tudo mais tirava a minha concentração, fiquei desesperado e não tinha como correr por muito tempo então joguei-me no rio. A correnteza da água era tão forte que fui arrastado para longe daqueles polícias, os minutos sobre a pressão da água pareciam dias, acredito que eu perdi os sentidos ou talvez desmaiei pois não sei como cheguei na margem, não sei… mas sobrevivi.
Amanhã, irei invadir uma maternidade, roubar um bebe e cuidá-lo como me cuidaram.
Distino Rodrigues

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