Historias de terror Assustadoras
Historias de terror Assustadoras
Escrito Por: Cristian Canto
Carta Para Mamãe
Acordei dentro de um contêiner, não sei se
estava limpo, sujo, não sei, estava sozinha. Estava tudo escuro. Ouvi sussurros
em uma das paredes, fui em direção ao som, havia mais pessoas, conversavam como
se estivessem livres, será que só eu estava presa? Bati na parede e
imediatamente escutei “quem está aí, já acordou Milena?.”
Não sabia o que estava acontecendo, mas entrei na conversa: “quem está aí?”
Perguntei em tom baixo, não sabia se podia falar, nem mesmo sabia onde eu
estava. “Somos nós sua boba”. Escutei, mas não sabia que eram, percebi que a
voz era feminina. Quando fui perguntar os nomes, mais uma voz do outro lado
falou: “Você está bem? Somos nós: Julia, Ana e Rebeca”.
“Agora sim, sabia os nomes, mas não tinha a mínima ideia de que eram, mas
resolvi entrar no jogo e ganhar intimidade: “Oi meninas”, falei com a voz doce
e continuei:” O que fazem aqui?” Depois de um silêncio de mais ou menos cinco
minutos, veio a resposta: “ Descansando. “A festa foi boa, mas ficamos
exaustas, e mais, aqueles gatos que nos trouxeram pra cá, cada um melhor que o
outro”. Continuei, “Sim, claro, onde eles estão agora?”. “Não sabemos
”respondeu uma delas”, e continuou: “Disseram que nos levariam pra nossas
casas, até uns minutos atrás estávamos viajando, mas agora o carro parou”.
Com essa informação eu fiquei um pouco mais apreensiva e perguntei: “Por que
está tão escuro e porque estamos dentro de contêineres?”. “Contêineres? Estamos
em uma limusine”. Responde uma delas. Eu rapidamente perdendo a paciência a
interrompi: “Na verdade eu trabalho no porto e sei que estamos dentro de
contêineres e agora você tem que me dizer o que está acontecendo, como chegamos
aqui?” Mais uma vez o silencio de alguns minutos e então uma dela falou: “Sou
Rebeca, estudante de jornalismo, estávamos em uma festa, bebemos muito, alguns
garotos vieram nos oferecer carona e bebida. Aceitamos, depois me lembro de
estarem nos carregando e dizendo que no levariam para a limusine. Só lembro
disso.
Nesse momento o carro, na verdade o caminhão voltou a se movimentar, senti um
cheiro forte e adormeci.
Acordei novamente, o caminhão ainda movimentava-se e parecia ir bem rápido,
escutei gritos depois um estrondo e meu corpo saiu do chão e chocou-se com as
paredes do contêiner, desmaiei. Abri os olhos e percebi que estava boiando,
caímos em algum rio. O contêiner estava enchendo rápido demais. Morri.
Só isso que posso dizer, mas mamãe, não te preocupa se não acharem meu corpo,
vivi um tempo nadando na escuridão, mas quando cheguei a conclusão que não
estava mais no plano terrestre, fui levada por luzes e hoje estou bem e curada.
O que mais incomodava na escuridão é que Julia, Ana e Rebeca não paravam de
chorar e pelo que eu sei ainda estão lá.
Com amor, Milena
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https://eusoleitura.blogspot.com/2011/09/o-pesadelo.html
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Olá amigo, fico muito grato por compartilhar meus contos aqui em seu BLOG. Mostra o quanto és humano e principalmente um cara muito legal, cedendo um espaço particular para impulsionar outros autores.
ResponderExcluirMuito obrigado.
Cristian Canto
PS: Quem quiser conhecer mais do meu trabalho, escrevo no RECANTO DAS LETRAS. ABRAÇOS MIL.
Eu que agredeco.
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